DEFORESTATION RATES ASSESSMENT IN BUCO ZAU MUNICIPALITY (CABINDA) BETWEEN 2000-2017 USING LANDSAT SENSOR DATA
Ambrósio Fernandes Dala1; Isaú Alfredo B. Quissindo1; Yobanis O. Bornot1
1Faculdade de Ciências Agrárias (Chianga) da Universidade José Eduardo dos Santos, Huambo / Angola. Email: fmvcachenhe10@gmail.com, josuealf.2011@hotmail.com e yobanisob@gmail.com
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RESUMO
As taxas de desflorestação que se regista actualmente no mundo e nas regiões tropicais constituem umas das maiores preocupações das zonas florestais mundiais e africanas. Apesar de haver estudos sobre taxas de desflorestação em escala continental e quiçá nacional, o certo é que estudos detalhados em pequena escala e com maior detalhes são escassos. Assim, por forma a contribuir cientificamente neste tópico, foram avaliadas as taxas de desflorestação no Município de Buco Zau (Cabinda, Angola), mediante o uso de imagens dos sensores Landsat 7 TM e Landsat 8. As cotas de altitudes obtidas mostraram não haver obstáculo no acesso aos recursos florestais (exploração manual e mecanizada). A floresta do Maiombe no Buco Zau (Cabinda) ocupa uma área de cerca de 183183 ha, com alta actividade fotossintética activa, apesar da baixa área foliar. A floresta do
ABSTRACT
The current deforestation rates in the world and in the tropical regions are one of the major concerns of the world and African forest areas. Although there are studies on deforestation rates on the continental scale and perhaps national, it is certain that small scale and detailed studies are scarce. Thus, in order to contribute scientifically to this topic, the deforestation rates in the municipality of Buco Zau (Cabinda, Angola) were evaluated through the use of images of the Landsat 7 TM and Landsat 8 sensors. The altitudes obtained obtained showed no obstacle access to forest resources (manual and mechanized exploration). The Maiombe forest in Buco Zau (Cabinda) occupies an area of about 183183 ha, with high active photosynthetic activity, despite the low leaf area. The Maiombe no Buco Zau tem actualmente 35 % de árvores com cobertura do dossel >25 %, 34,4 % de árvores com cobertura do dossel >50 % e de 31 % de árvores com cobertura do dossel >75 %. A taxa de desflorestação estimada foi de 511 ha / ano, isto é, 43 campos de futebol / mês ou 14204 m2/dia. A taxa anual de ganho de área florestal foi de 46.5 há (4 campos de futebol / mês ou 1300 m2/dia). Assim, projectou-se uma redução da área florestal de 183183 ha entre 2000-2017 para 175745 ha entre 2018-2034 e 168307 ha para os anos 2035-2051.
Palavras-chave: Foresta do Maiombe, imagens Landsat, desflorestação e Buco Zau.
Maiombe forest in Buco Zau currently has 35% of trees with canopy cover> 25%, 34.4% of trees with canopy cover> 50% and 31% of trees with canopy cover> 75%. The estimated deforestation rate was 511 ha / year, that is, 43 soccer fields / month or 14204 m2 / day. The annual rate of forest area gain was 46.5 ha (4 soccer fields / month or 1300 m2 / day). Thus, a reduction of forest area of 183183 ha between 2000-2017 and 175745 ha between 2018-2034 and 168307 ha for the years 2035-2051 was projected.
Keywords: Maiombe forest, Landsat images, deforestation and Buco Zau.
INTRODUÇÃO
As taxas de desflorestação que se regista actualmente nas regiões tropicais não são significativamente diferentes dos que ocorreram em regiões temperadas séculos atrás. Recentemente, o comércio de madeira em países desenvolvidos tem sido uma actividade sustentável, embora o mesmo possa não ocorrer em países em desenvolvimento (FAO, 2000). Alerta o Banco Mundial, que a desflorestação e a degradação das florestas é causa de 20% das emissões de gases de estufa no mundo.
De acordo ao Word Bank (2010), a taxa de desflorestação no mundo é estimada em cerca de 3,9 bilhões de hectares por ano. Já alguns estudos, estimam que a taxa anual de perda de áreas florestais a nível mundial é de cerca de 100 milhões de hectares.
Actualmente umas das maiores preocupações das zonas florestais de África diz respeito a desflorestação, tanto para a obtenção de madeira comercial como para abrir espaço para a agricultura, e ele representa uma grande perda
de riqueza económica natural para o continente. A remoção selectiva de vegetação (durante a extração madeireira e colecta de lenha) contribui para a perda da qualidade florestal (SANO et al., 2002).
Diante deste cenário, algumas pesquisas têm sido realizadas. Já foram realizados estudos sobre desflorestação com base no uso de dados de satélites em África. Um destes estudos realizou-se no Quénia entre 1995-2000, utilizando-se sensor Landsat 7 para a avaliação das taxas de desflorestação (CONTRERAS-HERMOSILLA, 2000).
Beltrame (1991), afirmou que o satélite LANDSAT TM apresenta distintas aplicações na caracterização e no levantamento de recursos naturais renováveis, fruto de lançamentos das várias séries …
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