CARBON STORANGE ASSESSMENT BY BRITO TEIXEIRA AND MIOMBO FORESTS IN CHIANGA (HUAMBO) THROUGH DASOMETRIC DATA
Freitas Moisés V. Cachenhe1; Isaú Alfredo B. Quissindo1; Yobanis O. Bornot1
1Faculdade de Ciências Agrárias (Chianga) da Universidade José Eduardo dos Santos, Huambo / Angola. Email: fmvcachenhe10@gmail.com, josuealf.2011@hotmail.com e yobanisob@gmail.com
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RESUMO
Este trabalho visou avaliar o potencial de estoque de carbono sequestrado pela Floresta exótica Brito Teixeira e Floresta natural de Miombo na Chianga (Huambo). Foram marcadas 12 parcelas rectangulares (6 em cada uma das florestas) com tamanho de 25 x 20 m (500 m2) cada, onde mediram-se os seguintes parâmetros: Número de indivíduos, Espécie, Diâmetro a Altura do Peito, Altura da árvore, Idade, Espessura da casca, Comprimento dos ramos e Diâmetro da copa. Na zona inventariada, as espécies com maior abundância foram P. patula (20 %), E. grandis (17 %) e B. spiciformis (14 %). A floresta exótica apresentou maior volume de madeira (com média de 0,503 m3) e biomassa (média aproximada de 16 t) em relação ao Miombo (com volume médio de madeira de 0,023m3 e 6 toneladas de taxa neta de biomassa),
ABSTRACT
This work aimed to evaluate the potential of carbon storange by the Brito Teixeira Exotic Forest and the Miombo Natural Forest in Chianga (Huambo). Twelve (12) rectangular plots (6 in each of the forests) with a size of 25 x 20 m (500 m2) each were marked, where the following parameters were measured: Number of individuals, Species, Chest diameter, Height, Tree height, Age, shell thickness, length of branches and crown diameter. In the inventoried zone, the species with greatest abundance were P. patula (20%), E. grandis (17%) and B. spiciformis (14%). Exotic forest had a higher volume of wood (with a mean of 0.503 m3) and biomass (average of 16 t) in relation to the Miombo (average wood volume of 0.023 m3 and 6 além daquela ter árvores com maior idade que esta. Entretanto, maiores taxas de sequestro de carbono foram observadas na floresta de Miombo, devido as suas árvores jovens (idade média das árvores do Miombo 15 anos; Floresta Brito Teixeira 50 anos) e por deter as espécies que apresentaram maior capacidade de sequestro de carbono ao longo do ano: Pericopsis angolensis (1679 Mg(C) ha-1, o que representa 16 %), Ochna schweinfurthiana (533 Mg(C) ha-1, 12 %), Terminalia brachystemma (274 Mg(C) ha-1, 6,3 %) e Parinari curatelifolia (257 Mg(C) ha-1, 6 %).
Palavras-chave: Sequestro de carbono, floresta plantada, Miombo, inventário florestal.
tons of net biomass) trees that are older than this. However, higher carbon sequestration rates were observed in the Miombo forest due to its young trees (mean age of Miombo trees 15 years, Forest Brito Teixeira 50 years) and to hold the species that presented the greatest carbon sequestration capacity throughout the year: Pericopsis angolensis (1679 Mg(C) ha-1, representing 16%), Ochna schweinfurthiana (533 Mg(C) ha-1, 12%), Terminalia brachymama (274 Mg(C) ha-1, 6.3%) and Parinari curatelifolia (257 Mg(C) ha-1, 6%).
Keywords: Carbon sequestration, planted forest, Miombo, forest inventory.
INTRODUÇÃO
A redução dos estoques florestais é um fenómeno pouco visível, apesar de importante. Esta redução resultou principalmente da conversão de florestas para outros usos e da degradação dos mesmos (FAO, 2015). Estima-se que as taxas de desmatamento e de degradação florestal nos países em desenvolvimento são responsáveis por cerca de 12% a 20% das emissões anuais de GEE (SAATCHI et al., 2011; VAN DER WERF, 2009).
É de salientar que um adulto necessita, em média, de 15 m3 de ar por dia, comparativamente a 2 litros de líquidos e 0,5 kg de alimentos sólidos. O ar é um elemento indispensável ao ser humano, que pode sobreviver 5 semanas sem comida, 5 dias sem água, mas a maioria das pessoas não mais do que 3 minutos sem ar (STERN, 1977).
As florestas são fundamentais para a regulação climática do planeta, através da fotossíntese e da respiração, as árvores reciclam o carbono atmosférico e capturam CO2 para liberar O2, o que os torna os pulmões do planeta, propiciando vida em nosso planeta, já que é daí que inicia toda a cadeia alimentar (VICTORINO, 2012).
As árvores permitirem captar uma quantidade significativa de CO2 da atmosfera e armazenar o mesmo nas suas folhas, ramos, caules, cascas e raízes, sendo que o carbono armazenado corresponde a 50% do peso da biomassa de uma árvore (JOHNSON & COBURN, 2010).
As taxas de desflorestação em Angola, se bem que pouco estudado, têm crescido gradualmente no transcurso do tempo (ENPRF, 2011). Localmente, por exemplo, já foi realizado um estudo sobre desflorestação e degradação florestal, onde Palacios et al. (2015), considera haver uma diminuição significativa na área de floresta do Miombo na Província do Huambo entre 2002 e 2015 e severa degradação florestal.
Assim, dada as constantes taxas de desflorestação e a falta de repovoamento florestal que se observa actualmente no Huambo, o que representam futuros fracassos no processo de sequestro de carbono pelas florestas locais, tendo implicações nas alterações climáticas ao nível local e não só, foi desenvolvido este trabalho com o objectivo de avaliar o potencial de sequestro de carbono das florestas Brito Teixeira e de Miombo (Chianga, Huambo) com base em dados de inventário florestal.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de Estudo
O estudo realizou-se entre Março de 2017 a Agosto de 2018, em doze (12) parcelas situadas na floresta Brito Teixeira e a de Miombo, ambas localizadas dentro do perímetro da Estação Experimental da Chianga (Figura 2), pertencente ao Instituto de Investigação Agronómica (IIA), onde se encontra situada a Faculdade de Ciências Agrárias. Segundo Nogueira (1970), a
Chianga situa-se a 13 Km NE da cidade do Huambo, na Província e Município com o mesmo nome. Possui uma área aproximada de 2.550 ha, definida pelos paralelos 12º 14´e 12º 16´ de latitude Sul e pelos meridianos 15º 48´ e 15º 52´ de longitude Este
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